domingo, 27 de novembro de 2011

Paulo Bomfim...o príncipe dos poetas.

“Sou feito de várias raças e de várias condições sociais. Em todo canto há um pouco de meu lar e em todos um pouco de mim.
Procuro ser livre, mas num mundo de prisioneiros a liberdade acaba sempre ferindo os companheiros de cela.
Amo tanto a liberdade que gostaria de ter filhos com ela!
A liberdade ofende as pessoas e regimes. Um homem verdadeiramente livre é uma ameaça cósmica. É alguém que caminha entre mortos-vivos com uma bomba relógio no coração.
Só amando nos renovamos. O êxtase é a única linguagem comum a todo o infinito. É o alimento do efêmero e do eterno. Através do amor o humano se diviniza e o divino de humaniza.
Procuro renascer todos os dias. Não concordo em morrer vivo. Sou um rebelde de paletó e grava, um grão que teima em não virar massa, um pássaro que persiste no canto, dentro da gaiola dos horários. Gosto de morar em pessoas, de falar dialetos de ternura e de dar asas a tudo que me cerca. Creio na alquimia de certos encontros e que a eternidade é uma questão de garra ou de graça.”
Extraído do livro "Aquele menino" de Paulo Bomfim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário