terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Presépio - O homem e seus símbolos

“O homem utiliza a palavra escrita ou falada para expressar o que deseja transmitir. Sua linguagem é cheia de símbolos, mas ele também, muitas vezes, faz uso de sinais ou imagens não estritamente descritivos. Alguns são simples abreviações ou uma série de iniciais como ONU, UNICEF ou UNESCO; outros são marcas comerciais conhecidas, nomes de remédios patenteados, divisas e insígnias. Apesar de não terem nenhum sentido intrínseco, alcançaram, pelo seu uso generalizado ou por intenção deliberada, significação reconhecida. Não são símbolos: são sinais e servem, apenas, para indicar os objetos a que estão ligados.”  Trecho do livro  O Homem E Seus Símbolos, em que Jung defende a ideia de que o homem só se realiza através do conhecimento e aceitação do seu inconsciente, o que, por sua vez, ele apenas adquire a partir dos sonhos e seus símbolos.


Feliz Natal

Hoje, apesar da minha convicção religiosa e filosófica ser diversa do cristianismo, mantive viva no inconsciente a imagem do presépio da minha infancia que significava o início das preparações para unir a família, deixar de lado as diferenças (de opinião, educação, política e futebol), para juntos formar um só corpo em torno da matriarca, da mama, da nona, da madona "Maria" que agregava "todos" familiares ou não em seu colo, sempre disponível.
Tudo começava com a árvore, de pinheiro natural, recheada de bombons e bolas coloridas imitando frutos, e de algodão imitando a neve das terras geladas e distante dos nossos antepassados.
Depois vinha o presépio com as imagens desgastadas pelo tempo e por novas imagens que iam se incorporando a cada ano no novo cenário montado por nós, primos e primas que se empenhavam cada um com sua criatividade para dar vida ao presépio. Era um de nós que ia correndo na marcenaria para pedir serragem ao marceneiro (Sr.José???); enquanto outro ia na papelaria comprar papel que imitava pedra para compor o cenário de fundo do presépio e mais a areia e os buchinhos do jardim que imitavam as árvores; tinha também os carneirinhos e os patinhos que nadavam sobre espelhinhos do estojo de pó de arroz da tia...e assim era.
Todos unidos num só desejo, fazer do Natal um tempo de união (nem sempre harmoniosa) mas muito alegre e barulhenta para festejar a reunião das famílias.
Ah... e presentes era só para crianças, e ainda eram entregues pelo Papai Noel da rua, bem humorado velhinho que trazia a esperança de que aquele tempo da Rua Lemos Torres, na velha Mooca ia durar pra sempre.

Simplesmente Maria





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